No dia 20 de outubro é celebrado o Dia Mundial de Combate à Osteoporose, data que evidencia os riscos da doença, principalmente nos idosos e nas mulheres no período da pós-menopausa. Aproximadamente 10 milhões de pessoas sofrem com osteoporose no Brasil, doença caracterizada pela perda da massa óssea, que causa porosidade e enfraquecimento do osso e que pode resultar em fraturas graves no quadril, coluna, braços ou no fêmur.
Por que ocorre a osteoporose?
Por um processo natural do envelhecimento do corpo, a qualidade dos ossos tende a ficar comprometida. Na fase de maturação óssea, na infância, a produção de massa óssea é superior à capacidade de absorção pelo organismo. Na fase adulta, a produção é equivalente à capacidade de absorção e, após os 50 anos, a produção é menor do que a capacidade de absorção. A osteoporose se apresenta quando o enfraquecimento dos ossos atingem um nível agudo.
Duas substâncias são fundamentais para o metabolismo ósseo: o cálcio e a vitamina D. O cálcio, em especial, é responsável por uma formação óssea saudável nos períodos da infância e adolescência, daí sua importância para a aquisição de um “patrimônio” ósseo consistente, pois ele será fundamental para compensar a fase em que a produção de massa fica menor. A ausência adequada desse mineral no organismo contribui muito para a fraqueza dos ossos.
Fatores de risco
Alguns fatores predispõem ao desenvolvimento da osteoporose, entre eles:
- Ter mais de 50 anos
- Período posterior a menopausa
- Tratamentos de câncer de mama e próstata, devido o uso de inibidores de aromatase e deprivação hormonal a base de estrogênios.
- Histórico de fraturas prévias, em qualquer fase da vida.
- Ter pai ou mãe que sofreram fraturas
- Ter artrite reumatoide
- Usar ou ter usado corticoides
- Ser sedentário
- Baixo consumo de cálcio ao longo da vida
- Pouca exposição ao sol
- Tabagismo
- Consumo de bebidas alcoólicas
Diagnóstico
Infelizmente, muitas vezes, o diagnóstico é feito quando acontece uma fratura. Por isso a importância de um acompanhamento médico constante. Por meio de exames, o médico pode detectar alguma alteração na coluna, como fraturas ou arqueamento.
A densitometria óssea é um exame de imagem que mede a quantidade de massa óssea e é um dos mais indicados para detecção da osteoporose.
Tratamento
A osteoporose é uma condição crônica. Exceto em casos em que já existe uma fratura, os tratamentos estão mais relacionados a mudanças nos hábitos cotidianos, como aumentar o consumo de alimentos ricos em cálcio ou, caso necessário, fazer uma suplementação do mineral.
Prática de atividades físicas também é importante. Além de auxiliar na prevenção da doença, ajuda a evitar possíveis quedas, por meio do fortalecimento muscular. Além disso, a prática de atividade física estimula a produção de células ósseas ( osteoblastos). Musculação, treino funcional, caminhadas e corridas são excelentes opções. Claro que devidamente prescritas e orientadas.
Exposição regular ao sol, especialmente perto das 13 horas. Lembrando-se da moderação e cuidados necessários com esse hábito.
Consumo de vitamina D por meio de dieta ou suplementação.
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