A instabilidade patelar é uma condição que ocorre na articulação femoropatelar, caracterizada pela maior propensão da patela a desencaixar do fêmur, episódio chamado de luxação.
Embora qualquer pessoa esteja sujeita a sofrer uma luxação patelar, algumas condições anatômicas já são sabidamente relacionadas à instabilidade entre fêmur e patela, tais como patela alta e tróclea rasa.
No primeiro caso, a patela está posicionada em uma altura mais elevada que o normal, favorecendo o deslocamento.
Na segunda alteração anatômica, a tróclea (região do fêmur onde a patela se posiciona) não tem profundidade suficiente, dificultando o encaixe ideal entre as duas estruturas ósseas.
As causas da síndrome femoropatelar são imprecisas. É comum o problema surgir quando a pessoa começa a praticar atividades físicas ou mesmo quando já pratica e exagera na intensidade dos treinos ou faz movimentos errados.
Excesso de peso, fraqueza muscular e uso de salto alto em excesso, também são fatores associados à síndrome femoropatelar.
Quanto ao tratamento, de forma geral, a primeira ocorrência de luxação é abordada com reposicionamento imediato da patela – manobra chamada de redução – seguido de imobilização do joelho por um período e reabilitação.
As intercorrências relacionadas ao deslocamento da articulação femoropatelar serão tratados concomitantemente, tais como contusões ósseas e lesões causadas por fragmentos de cartilagem.
Quando o deslocamento ocorre de forma repetida, ele é chamado de luxação recidivante. Nesse caso, a opção de tratamento é a cirurgia.
O objetivo da intervenção é promover o realinhamento patelar, reconstruindo ligamentos rompidos e devolvendo a estabilidade à articulação do joelho.