Estudo publicado no Journal of Bone and Mineral Research, em junho deste ano, indica que crianças em idade pré-escolar e com índices de massa corporal-IMC mais elevados apresentam maior probabilidade de sofrer fraturas nos membros superiores e inferiores antes dos 15 anos, do que crianças com IMC normal.
A pesquisa foi baseada em estudos prévios em pacientes adultos que evidenciaram associações entre fraturas e obesidade. O IMC indicativo de obesidade no início da vida escolar aumenta em 70% o risco de fraturas em membros inferiores e em 20% em membros superiores. Para o caso de IMC indicativo de sobrepeso, as chances de fraturas em pernas e braços são, respectivamente 40% e 10%.
Além de maior chance de quebrar os ossos, o sobrepeso pode fazer com que a criança sofra com dores e desenvolva artrite. Em casos mais raros há o desenvolvimento de problemas como a epifisiólise. Comumente confundida com dores musculares, a doença, acomete crianças entre 11 e 14 anos e é caracterizada pelo deslocamento da cabeça do fêmur na bacia, provocando redução na mobilidade do quadril.
Obesidade e os joelhos
A obesidade tem um impacto significativo nas doenças que afetam os joelhos, principalmente a condromalácia patelar, uma alteração na cartilagem que reveste a patela (parte anterior do joelho, antes chamada de rótula). Essa disfunção acompanhada por degeneração da cartilagem causa muita dor e desconforto. Conhecida também como “síndrome da dor patelofemoral’, a condromalácia patelar piora com o aumento da pressão entre a patela e o fêmur.
A diminuição da sobrecarga causada pela obesidade, assim como a correção de deficiências musculares, pode ser muito benéficas para os problemas dos joelhos.