O cisto de baker é uma patologia relativamente comum, sendo mais frequente em idosos ou adultos que já apresentam outras enfermidades no joelho, tais como lesão meniscal, osteoartrite, artrite reumatóide e gota.
Essas doenças fazem com que a articulação aumente a produção de líquido sinovial. Devido à dinâmica do movimento de flexão e à estrutura articular, o excesso de líquido tende a se acumular na região posterior do joelho, dando origem ao cisto.
A princípio, o cisto de Baker não causa dor ou qualquer outro incômodo. Ele pode ser notado quando o paciente permanece com o joelho estendido, mostrando-se como uma protuberância de aspecto nodoso, localizada logo atrás da articulação, mais próxima da região medial.
No entanto, à medida que o cisto cresce, surge o inchaço e o paciente passa a queixar-se de:
- dor, que é mais intensa durante a prática de atividades físicas ou, simplesmente, ao estender o joelho;
- sensação de pressão na articulação;
- travamento e dificuldade de movimentação.
O tratamento do cisto de Baker pode ser conservador ou cirúrgico, dependendo de fatores como tamanho do cisto, gravidade dos sintomas e estilo de vida do paciente, entre outros.
Tratamento do cisto de Baker
Seja qual for a extensão do problema, o tratamento começa com a abordagem da patologia de joelho que causou o acúmulo de líquido sinovial e a consequente formação do cisto de Baker.
Muitas vezes, uma vez que o problema primário é resolvido, o cisto tende a desaparecer espontaneamente.
Quando isso não acontece, a conduta terapêutica, na maioria dos casos, consiste no acompanhamento da evolução do quadro clínico, com prescrição de medicamentos para controlar a dor e a inflamação.
Quando o desconforto causado pelo cisto devido ao seu tamanho torna-se mais incapacitante, o cirurgião de joelho pode optar por fazer a aspiração do conteúdo do cisto, complementando a conduta com uma injeção de corticoides (para reduzir a inflamação).
Nos casos mais graves, a indicação é a remoção cirúrgica da lesão nodosa, por meio de uma cirurgia aberta simples ou de uma artroscopia, dependendo das características de cada paciente.
Caberá ao cirurgião de joelho avaliar cada paciente de maneira individualizada e propor a abordagem mais adequada para eliminar o cisto de Baker e preservar a funcionalidade da articulação.