A cartilagem é o tecido que reveste as superfícies internas das articulações, controlando o atrito e amortecendo o impacto durante o movimento. Quando a perda do tecido cartilaginoso supera a sua reposição, falamos em lesão da cartilagem ou condropatia.
A condropatia do joelho pode ser causada por traumas, processos inflamatórios, sobrecarga de peso ou surgir naturalmente, devido ao próprio envelhecimento articular.
Nesse sentido, vale a pena esclarecer alguns mitos e verdades sobre condropatia do joelho, para que seja possível ajudar quem sofre com o problema a cuidar melhor da saúde articular no dia a dia.
A condropatia e a síndrome da dor femoropatelar não são a mesma coisa: VERDADE.
A condropatia e a síndrome da dor femoropatelar (erroneamente chamada de condromalácia ou condropatia) não correspondem à mesma patologia. São condições completamente distintas.
Na síndrome femoropatelar, o tratamento é eminentemente conservador, com uso de técnicas cinesioterápicas e fisioterápicas. Já na condropatia, dependendo da gravidade e da localização da lesão, pode ser necessário o tratamento cirúrgico.
Uma vez lesionada, a cartilagem articular não regenera: MITO.
Embora ainda seja um tema controverso, estudos baseados no uso das mais recentes inovações em exames de ressonância magnética apontam que é possível constatar a regeneração do tecido cartilaginoso, ainda que mínima, depois de uma lesão.
Os especialistas defendem que a cartilagem cresce e se regenera em uma velocidade muito menor que outras estruturas, pois não é permeada por vasos sanguíneos.
O resultado da cirurgia para tratar a condropatia varia de uma pessoa para outra: VERDADE.
Os resultados da intervenção cirúrgica variam de uma pessoa para outra, dependendo de fatores como idade do paciente, suas características genéticas e seu estilo de vida, além da escolha adequada do modal de tratamento pela equipe médica e da qualidade do processo de reabilitação.
Entre as modalidades cirúrgicas possíveis para tratar a condropatia de joelho, estão a técnica de microfraturas (baseada na estimulação da formação de tecido cicatricial fibrocartilaginoso) e os transplantes autólogo e alogênico (nos quais a cartilagem é reimplantada).
Quem pratica esportes está mais sujeito à condropatia de joelho: MITO.
Na verdade, a prática esportiva atua como um fator de proteção da cartilagem e das demais estruturas que compõem a articulação do joelho, desde que seja feita com respeitando os limites do organismo e com orientação profissional.
Estudos já feitos apontam que o sedentarismo é uma realidade muito mais perigosa para a cartilagem articular tanto no joelho quanto em outras articulações. Sem o estímulo dos exercícios, o tecido cartilaginoso tende a degenerar mais rápido.
A recuperação da cirurgia para tratar condropatia é lenta: VERDADE.
Conforme já afirmado, a regeneração do tecido cartilaginoso é bastante demorada; sendo assim, a recuperação do paciente depois de uma cirurgia é lenta. É preciso paciência e compromisso com o processo de reabilitação fisioterápica.
O resultado final pode levar entre seis e oito meses para ser confirmado, dependendo de fatores como extensão da lesão e características individuais do paciente.
Depois de um trauma no joelho ou se o quadro de sintomas como dor, rigidez articular e inchaço local surgir sem causa aparente e persistir, é preciso procurar um centro especializado em cirurgia de joelho.
A condropatia é uma condição que exige avaliação e tratamento médicos qualificados.